E depois?
 
autora: Alessandra Monachesi Ribeiro
 
 
Ficha técnica:
 
Edição: Amitié Casa Editorial
Revisão: Danielle Magalhães
Projeto Gráfico: Fernanda Leal
Diagramação: Fernanda Leal
Imagens: Alessandra Monachesi Ribeiro
(fotografias de acervo pessoal de Alessandra Monachesi Ribeiro e fotografia do Acervo Planas do Centro de Investigación y Cultura Contemporánea Casa Planas, Palma de Mallorca, Espanha, a quem a autora agradece a cessão dos direitos de utilização nesta obra)
 
 
Sobre o livro:
 
Leio em E depois? de Alessandra Monachesi Ribeiro esse convite à topologia de uma existência por meio de uma trama narrativa que cria lugar. Onde? Qual o endereço? Um lugar sem antes nem depois. Um lugar em que haverá sempre a vontade pulsando, questionando, solicitando, acossando: é isso? É isso mesmo a vida? 
 
A autora cria lugares por meio de rastros de memórias de uma mulher. Para ser mais precisa, por meio de uma voz. Uma voz de uma mulher em diferentes posições discursivas. Encontramos a topologia dessa voz por meio de duas imagens fotográficas (não à toda uma delas tem uma boca bem aberta), pela voz da amiga a quem essa mulher se endereça, pela voz sem som do marido que pode ser ouvida até pelos poros da pele, pelas vozes inconfundíveis dos filhos, pela voz da neta, pela voz das suas mortes e dos seus. São muitas as vozes de uma voz. 
 
 
Sobre a autora:
 
Escritora, artista, psicanalista, mãe da Clara e do Noah, vivo desde 2011 na França e desde 2013 na região dos Pirineus-Orientais, fronteira com a Espanha, em um pequeno vilarejo de 250 habitantes. O contato cotidiano com a paisagem bruta, seca e áspera do cerrado mediterrâneo, a garrigue, inspirou-me a retomar a escrita, assim como o desenho e a pintura, até transformá-los em um mesmo traço. A palavra tem suma importância em meu cotidiano em torno dos vestígios e das memórias, participando no processo de escavação e desvelamento, tanto quanto do apagamento que os elementos e o tempo lhe impõem. Trata-se de um trabalho
de arqueologia, no qual as palavras e os materiais sobre o papel se pousam sem descansar, busca interminável por uma essência última e redentora que escapa sempre.